Peguei um amor tão grande por Dom Casmurro...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Gente, peguei um amor tão grande por esse livro e não sei por qual motivo. Tive que lê-lo no 1º bimestre da escola, e sabe, tudo que é imposto, vira uma tarefa difícil de realizar. Confesso que li o livro pela metade (ou quase isso), li resumos, análises, enfim, fiz a prova e passei. Só que depois, peguei interesse em lê-lo, pois, já não era imposto um tempo para que eu realizasse a leitura, li no meu tempo, e adorei! Peguei um carinho tão grande por esse livro que não consigo acreditar. 

Não soltamos as mãos, nem elas se deixaram cair de cansadas ou de esquecidas. Os olhos fitavam-se e desfitavam-se, e depois de vagarem ao perto, tornavam a meter-se uns pelos outros… Padre futuro, estava assim diante dela como de um altar, sendo uma das faces a Epístola e a outra o Evangelho. A boca podia ser o cálix, os lábios a patena. Faltava dizer a missa nova, por um latim que ninguém aprende e é a língua católica dos homens. Não me tenhas por sacrilégio, leitora minha devota a limpeza da intenção lava o que puder haver menos curial no estilo. Estávamos ali com o céu em nossas mãos, unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mm uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer coisas infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham…
— Dom Casmurro.

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