O Amor da Nossa Vida...

terça-feira, 26 de julho de 2016

Eu acredito em grandes amores.
Mas ajo e namoro como se não acreditasse.
Eu não crio expectativas fúteis para o romance. Eu não espero ter aquela sensação estranha de flutuar e ter borboletas no estômago.
Mas eu acredito em grandes amores, porquê já tive um.
Eu tive esse amor que tudo consome. O amor do tipo "Eu não acredito que isto existe no mundo físico".
Um tipo de amor que aparece de repente como um incêndio incontrolável e então se torna brasa que queima em silencio, confortavelmente, durante anos. O amor que escreve romances e sinfonias. Que escreve as mais belas palavras... O tipo de amor que ensina mais do que você poderia pensar em aprender, e dá de volta, infinitamente mais do que recebe.
É do tipo "Amor da tua vida."
E eu acredito que funcione assim: Se tiver sorte, conhecerá o amor da sua vida, vai estar com ele, aprenderá com ele, dará tudo de ti à ele e permitirá que sua influência te mude de maneira insondável. É uma experiência única, jamais vivida.
Mas o único problema é, as vezes encontramos os amores das nossas vidas, porém, não conseguimos mantê-los. Nós não casamos com ele, nós não passamos anos ao lado deles, nem seguraremos suas mãos no leito de morte, depois de uma vida bem vivida. Nem sempre conseguimos ficar com os amores de nossas vidas pois, no mundo em que vivemos, o amor não é suficiente, ele não conquista tudo, não resolve as diferenças irreparáveis, não triunfa sobre a doença, não preenche fendas religiosas, nem nos salva de nós mesmo quando estamos completamente perdidos.
Nós nem sempre chegamos a ficar com o amor de nossa vida porque as vezes, o amor não é tudo o que existe. Às vezes, você quer uma casa, num lugar aconchegante e dois filhos, e ele quer uma vida agitada, em uma cidade movimentada, a dois. Às vezes, você quer se aventurar pelo mundo a fora, e ele tem medo de se aventurar fora do seu quintal, ou até mesmo você tem sonhos maiores que os dele.
Sabe, em alguns casos, a maior atitude de amor que você tem a fazer, é deixar o outro ir... Outras vezes, você não tem escolha.
Porém, não viver ao lado do amor da sua vida, não tira o seu significado. Algumas pessoas podem te amar mais em um ano do que outras poderiam amar em cinquenta anos. Algumas pessoas podem te ensinar mais coisas em um dia do que outras, em sua vida inteira.
Tem pessoas que entram em nossas vidas apenas por um determinado tempo, mas causam um impacto que ninguém iguala ou substitui.
Quem somos nós para chamar essas pessoas de algo que não seja "amores das nossas vidas"?
Quem somos nós para retirar tal importância, para reescrever suas memórias, para alterar a forma de como nos mudaram para melhor, só pelo fato de nossos caminhos terem se divergido? 
Quem somos nós para decidirmos substituí-los? Encontra um amor maior, melhor, mais forte, mais apaixonado que possa durar a vida inteira? 
Devíamos ser gratos por ter encontrado tais pessoas. Por termos amado-as, por ter aprendido com elas, pela vida ter se expandido e florescido com a presença delas.
Encontrar e deixar o amor da sua vida, não deve ser uma tragédia. 
Deixá-lo pode ser sua maior benção, afinal, algumas pessoas nunca sequer chegam a encontrá-lo.

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